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sábado, 28 de janeiro de 2017

Johannesburgo-Bangui-Bozoum



Johannesburgo-Bangui-Bozoum
Saímos na sexta-feira pela tarde. Enquanto estavamos em Johannesburgo, aproveitamos para ver as máquinas para a fabricação dos ladrilhos.
Depois de dois dias de trabalho interessante, no sábado Enrique e eu tiramos um dia para fazer turismo. Num bom tren fomos para a cidade que visitamos em autocarro.
É uma cidade muito diversificada, com muitíssimo verde (milhares de árvores plantadas para diminuir o efeito do pó das minas de ouro). Visitamos um lindo parque, sede do Zoo, que é visitado por muitas famílias, e onde acabam por fazer um picnic. Atravessamos zonas belíssimas e significativas, como a praça do Mahatma Gandhi, que precisamente aqui tinha começado a sua vida de Advogado, e também a sua ‘luta’ não violenta.
Também visitamos o Museu de Apartheid, que conta a triste história deste país, mas também as lutas e as esperanças de muitas pessoas, entre as quais se destaca o grande Mandela.
Pela tarde fomos para o Aeroporto . O nosso vôo, previsto para o dia 15, à noite, foi anunciado um atraso e, por fim saímos às 2,30h. Deste modo também no regresso tivemos de fazer um desvio para Nairobi para tomar o vôo seguinte. E assim, às 9h. da manhã, já estavamos em Banqui, depopis de sete horas de viagem (graças às diferenças dos fusos horários):
Durante a tarde fomos recebidos por D. David, o Secretário da Nunciatura, que estava de visita com alguns amigos, entre os quais se encontrava a Doutora Mariella Enoc, presidente do hospital ’Menino Jesus’ de Roma, encarregada pelo Papa Francisco para ajudar o hospital Pediátrico e facilitar o regresso dos refugiados.
Segunda-feira pela manhã tive algunas reuniões, e pelas 12 horas saí de Bangui e por volta das 18 horas já estava em Bozoum, depois dos acostumados 400 quilómetros de covas, barreiras, etc.
Durante a semana ocupei-me de diversos assuntos. Há que controlar o arroz que se produz em Bozoum, e que o PAM (Programa de Alimentação Mundial) quer comprar para distribuí-lo nas escolas.
Mas há um problema que me preocupa: a insegurança: desde há 15 dias que nos encontramos sem prefeito, sem vice-prefeito, e os Capacetes Azuis deixaram a cidade. Com frequência há disparos, e os anti-balaka (ex-rebeldes, claramnente definidos já como bandidos…) se movem como verdadeiros Mestres. Deste modo na quarta feira convidei-os para uma reunião, e juntamos-nos umas vinte pessoas, entre os responsáveis do Conselho de Sábios, alguns jovens e alguns anti-balaka. Dialogamos sobre algumas coisas, e o objectivo era de faze-los abandonar essa vida de bandidos, e construir um mínimo de convivencia civil para todos. Esperemos!
Quinta-feira outra reunião para falar sobre a Feira Agrícola. A pesar da insegurança e do facto de não poderem vir os produtores de Bocaranga, Ndime y Ngaundaye (para não os expôr ao perigo), decidimos por fim fazer a Feira, sem eles. Dia 4 e 5 de Fevereiro será a grande Feira agrícola, na sua 10ª terceira edição.
É uma aposta sobre o futuro, sobre o desenvolvimento e sobre o trabalho de toda a gente


Gorilla

Il Re Leone... un po' stanco
Le Roi Lion (un peu fatigué)




Il monumento a Gandhi


Minusca à Bangui

Controllo dell'umidità del riso, prima della vendita
Controle de l'humidité du riz, avant la vente


Ginnastica per gli alunni della scuola di Alfabetizzazione




domingo, 22 de janeiro de 2017

Bozoum-Bangui-Johannesburgo


Bozoum-Bangui-Johannesburgo
O último fim de semana esteve um pouco animado…. 
Sexta-feira  pela tarde, precisamente quando preparava o  texto do blog, houve muitos disparos, de armas e bem pesadas...
Na manhã seguinte informaram-nos : um grupo de rebeldes antibalaka voltou de Bocaranga e Kou, onde passaram o último mês lutando  contra os rebeldes da Seleka e contra os Peul, ocupando-se, sobretudo, de furtos e roubalheiras. Ao voltar a Bozoum, pensei  festejar o fim do ano...
Na manhã  seguinte, outra surpresa,: os Capacetes Azuis  tinham saído de Bozoum... que deste modo fica sem nenhum  elemento das forças da  ordem, sem Prefeito, sem vice-Perfeito... etc. Administração normal!
No sábado, os acólitos desmontaram o presépio, e deste modo nos despedimos do Natal.
Terça-feira vou a Bangui. Aqui tive uma agradável surpresa: Os refugiados que há mais de três anos viviam em tendas e barracas felizmente tinham saído quase todos, graças a um financiamento das Nações Unidas. Quase impressiona  ver o vazio  entre as palmeiras, e  escutar o silêncio. Esperamos e rezamos para que aqueles que se foram embora possam reconstruir uma casa e, sobretudo, viverem  em paz e em segurança...
Quarta-feira pela tarde saí com o Enrique Massone para a África do Sul.  A viagem parece um pouco atrevida: o avião saíu com mais de uma hora de atraso, e em Nairobi corremos para tomar o vôo seguinte, que por sorte nos esperava ... Pela noite chegamos a Johannesburgo.
Estamos aqui para visitar a fábrica hydraform, que produz maquinaria para a fabricação de ladrilhos de ferro automático, realizados com terra e com uma percentagem entre os 8 e 10 % de cimento. É uma tecnología simples, que utiliza a terra do lugar, e reduz a dependência de cimento importado. Além disso, é uma maquinaria que  irá dar emprego...
Queremos desenvolver esta tecnología para as próximas construções que temos que fazer (escola agrícola e o convento em Bangui)  também para outros eventuais  projectos futuros (capelas, escolas, dispensários...).
Não tivemos muito tempo  (chegamos quarta-feira à noite e voltamos sábado à noitel); por isso, não pudemos visitar muitas coisas, mas a visita foi muito proveitosa. É Sempre interessante descubrir como outros países crescem e conseguem  encontrar soluções



Il sito dei profughi del Carmel, a Bangui. Quasi vuoto, dopo olre 3 anni di permanenza...
Le site des déplacés du Carmel, à Bangui. Presque vide, après plus de 3 ans...

Enrico Massone
 
la sede della ditta Hydraform
le siège de Hydraform







domingo, 15 de janeiro de 2017

As duas estações






As duas estações  
Na África-Central são duas Estações em vez de quatro: A estação das chuvas e a estação seca.
A duração das estações varia um pouco entre uma zona e a outra do País; mas aqui, em  Bozoum, normalmente a estação das chuvas começa entre Abril e Maio e termina em Outubro/Novembro (sete meses) e a estação seca começa em Outubro/Novembro e vai até Março/Abril.
Estamos, pois em plena estação seca.  Não choveu durante estes cinco meses, um pouco de vento, incendios que devastam a savana e muito pó.   .
Entre novembro e Janeiro a temperatura desce muito pela noite (temos chegado a 7 graus), mas durante o dia o sol cumpre a sua ‘missão’ e a temperatura sobe até aos 34/48 graus. Mas, sendo muito seco, o calor é suportável
Viajar, nesta época, é mais fácil que durante a época das chuvas… mas há muito pó.   
Esta semana, que fizemos? Um pouco de tudo. Na Segunda-Feira entregamos as notas aos  Alunos do nosso Liceu Santo Agostinho. Na Terça-Feira, pela tarde, tivemos uma reunião com as ONG que trabalham em Bozoum.
Na Quarta-Feira, pela tarde, fui para Bouar. Arrisquei-me a fazer um percurso direto (110 quilómetros em vez de 250, e duas horas e meia em vez de cinco…). A estrada, desde julho está intransitável, por causa das pontes danificadas, e de um vau. A pesar de tudo pude passar bastante bem. Mas houve algo que me irritou…  é que a estrada anda em obras há quase quatro anos e ainda não acabaram. O projeto foi entregue a uma empresa, mas que não o acabou. O Estado tomou previdências sobre o assunto. Mas as máquinas continuam no mesmo sítio, paradas, há seis meses…
Em Bouar visitei as nossas comunidades de Yolé e Santo Elías, onde os Carmelitas se ocupam do trabalho educativo e da formação.
Passei o tempo entre uma reunião e outra, tratando temas diferentes em cada reunião: a situação do país, a criação de coelhos, a escola, a construção de um muro, a formação dos noviços, as actividades da Cáritas e da Justiça e Paz, uma receita de cozinha, a elaboração de um projeto para doentes de sida (AIDS)…
Na Sexta-Feira, pela manhã, sai de Bouar e cheguei a Baoro, onde encontrei a Comunidade. Depois do almoço meti-me à estrada, e depois de uma paragem em  Bossentele, cheguei a Bozoum antes das 18 horas.  
  Cheguei a tempo de saudar. Depois de cumprimentar,  tive que ir logo reparar um cano, pois estavam sem água… meia hora depois a bomba começou a funcionar e repartir água…









quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Feliz Ano Novo!







Feliz Ano Novo!
Por fim, encontro-me na África-Central.
Saí na quinta –feira 22 de dezembro de  Turím e, depois de ter passado a noite em  Paris, cheguei  a Bangui no dia  23 pela tarde,  depois de um boa viagem.
No sábado 24, saí às 5'30h., da manhã, um pouco antes do meio dia, estava em Bozoum, depois de percorrer 400 quilómetros de estradas poeirentas e em muito mau estado (especialmente os últimos 90 quilómetros).
Encontrei a Missão muito atarefada, estava a fazer os últimos preparativos para o Natal: presépio, ornamentaçõs, ensaios dos leitores e dos acólitos...
Às 19 horas começamos a Missa da meia noite... Muito solene, com cânticos bonitos, danças e  um batalhão de acólitos  (são sessenta...) O horário é o do costume , também  devido à falta de segurança.
Logo pela manhã, às 8'30 h. a Missa de Natal. Estava muitíssima gente, a nova Igreja estava cheia. Muitas crianças estavam na Missa com os presentes que receberam: jogos, bonecas, balões. O Menino Jesus também passou por aqui.
Nestes dias há muito, muito pó que limita a visibilidade a uma centena de metros. Não tivemos neve, mas tudo à nossa volta é um véu de pó.
Durante este tempo muita gente quer ver-me e falar-me. É muito bonito voltar  a encontrar-mo-nos .
Vieram também de Bangui, os nossos estudantes juntamente com o  P. Federico. Um bonito sopro de esperança.
Também tivemos uma boa notícia, em Bozoum: os Capaçetos azuis (que tinham ido embora em Novembro) por fim voltaram e asseguram a sua presença. Ainda que não resolvam os problemas totalmente  é melhor que nada.
Também começamos a preparar a Feira Agrícola de 2017, prevista para finais de Janeiro  . Esperamos que se possa realizar, porque até agora, apesar das promessas, não recebemos nenhuma ajuda económica.
Antes de terminar este ano, quero dizer  umas palabras para agradecer ao P. Rafael, Regina, Ludmila, Teresa e Martín, ao P. Juan Montero, e à Irmã María Nazaré: são eles  que traduzem o blog em  inglês, alemão , checo, espanhol e português. Gracias, Merci, Thank you, Danke, Dekuyeme, Muchas gracias, Obrigado.
Lengua
n° post
 personas que lo han visto en 2016
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Portugués
10
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Total

               228.133

E Feliz Ano Novo a todos. Há muita esperança e, sobretudo a certeza de estar sempre e em qualquer lugar em  boas Mãos. As Mãos de Deus.   












entrando per la Messa di Mezzanotte
l'entrée pour la Messe de Minuit



non è nebbia... è polvere
ce n'est pas de brouillard... c'est la poussière