E
são 25 anos (mais um)
Faz hoje precisamente 25 anos que cheguei à África-Central. Era o dia
22 de setembro do ano 1992. Já tinha estado em Bozoum um ano, entre 1982-1983.
Mas em 1992, parecía-me estar já há muito tempo, e de verdade. Nem acreditava
que já tinha passado um ano, só pude dar graças a Deus, às pessoas, à minha
Família Carmelita, e à minha Família de sangue, por tudo o que recebi nestes
anos. Vinte e cinco anos passam como um sopro, e passaram muito velozes. Vamos
ver os próximos anos.
No sábado, dia 16, estive em Bouar com as nossas Comunidades de formação.
Pela manhã, durante as Laudes, sete jovens receberam o Hábito e, deste modo,
deram inicio ao seu ano de Noviciado. Um pouco depois, três jovens terminaram o
seu ano de noviciado, emitindo os seus Votos: Prometeram a Deus viverem em
Pobreza, Castidade e Obediência.
O mês de Setembro, aqui na África-Central, é o período de voltar, de
novo, às actividades pastorais e educativas.
Domingo, dia 17, os vinte Movimentos da Paróquia estavam presentes para
a Eucaristia das 8,30h., na qual começamos as atividades pastorais. Nestes dias
recomeça-se a catequese: à volta de 3000 crianças, jovens e adultos que se
preparam, assim, para cereber o Batismo, daqui a quatro anos.
Segunda-feira foi o dia da abertura das escolas, em todo o País. E
finalmente, depois de dois meses de férias, os caminhos, a praça e as aulas da
Missão enchem-se de vozes de centenas de crianças, desde a creche ao Liceu,
passando pelas escolas elementares e outros cursos. Todos estão contentes: Os
Professores, os Padres e as crianças: é assim mesmo, entre os mais pequenos,
inclusivamente, ninguém chora.
Treça-feira, pela manhã, pus-me a caminho e desci a Banguí. Tivemos
dois de dias de trabalho com Giovani, arquiteto, que chegou para nos ajudar a
ver novamente o projeto da construção do Carmelo de Banguí
Voltei a ir a Bozoum na Sexta-feira de manhã. Contente pelo trabalho
realizado, mas também preocupado porque, justamente nestes dias, recebemos uma
carta na qual a MINUSCA (os Capacetes Azuis) acusam a Igreja Católica de apoiar
as milicias anti-balaka e de estar contra os mussulmanos.
Precisamente quando muitas missões acolhem e defendem, os mussulmanos, protegem-nos e tratam os seus doentes.
Precisamente quando muitas missões acolhem e defendem, os mussulmanos, protegem-nos e tratam os seus doentes.
Entretanto alguns Padres são ameaçados por denunciar públicamente o que
está sucedendo (por isso um Capuchinho polaco foi maltratado durante quatro
horas)…Ao mesmo tempo estavamos em reunião com os líderes Religiosos
(Católicos, Protestantes, e Mussulmanos).
Desagrada-me receber estas cartas, e certas acusações, precisamente de
quem deveria defender os civis, e nem sequer tiveram a coragem de ir socorrer o
Padre que estava a ser torturado (passaram a 15 metros de distancia… e não
pararam).
Ânimo!
Riunione a Bangui con p.Federico, p.Arland, p.Mesmin, p.Dieudonné e l'arch. Giovanni (a dx) |