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sábado, 24 de abril de 2021

Não existe só o Covid

 


Não existe só o Covid

Quando me preguntam como é a situação do Covid na África-Central, costumo dizer, que provavelmente temos um bônus: entre guerras, miséria e problemas, o vírus, por agora, tem causado poucos danos.

A última informação oficial, que se refere a 20 de abril de 2021, declara um total de 6.194 casos positivos. Desde março de 2020. Em pouco mais de um ano, ocorreram 85 mortes

É certo que, nestas últimas semanas, houve um considerável aumento. Nos primeiros 20 dias de abril, foram 909 casos novos: praticamente em um mês houve um aumento de 15%.

A situação está piorando. Mas há também muitas outras doenças que causam muito danos, na África-Central.

Mais ou menos no mesmo período do Covid, surgiu uma epidemia de sarampo, de que morreram 83 crianças.

A malária continua sendo o inimigo número um: A OMS declarou, só em 2017, 1.300.000 casos confirmados, e 3689 mortos dos quais 670 eram crianças com menos de 5 anos.

A tuberculose, segundo o Instituto Pasteur de Bangui, afeta 423 pessoas de cada 100.000 (quase 20.000 por ano.

E, para completar o quadro, em 2018 a UNICEF estimava que 110.000 crianças  afetadas  de desnutrição aguda, incluindo 45.000 de forma muito  grave.

Aliás, se a situação sanitária é tão grave, seria mais importante e urgente cuidar das centenas, milhares, de crianças que morrem todos os anos. 81 em 1000 crianças morrem antes do primeiro  aniversário! Talvez, antes da Covid (ou, pelo menos, ao mesmo tempo) ficaria bem cuidar das mães, das crianças, da escola, do sistema sanitário, das vacinas básicas…





Scouts

Scuola di Kouisso Baguera - gli esami trimestrali
Ecole de Kouisso Baguera - les compositions du 2è trimestre


Scuola materna "Il Germoglio" di Baoro
Ecole Maternelle "Germoglio" de Baoro






Il flamboyant


 

 

 

 

sábado, 17 de abril de 2021

Alegrias e dores


 

Appena nato
Nouveau né
 

Alegrias e dores

Um pouco depois de voltar, à África-Central, tive que enfrentar algumas dificuldades, mas tive também algumas alegrias.

A situação COVID, que não tinha afetado muito o país, está-se agravando. Em poucos dias, foram declarados algumas centenas de novos casos, que chegaram ao total de 5.787 pessoas afetadas desde março 2021. São números baixos, mas o aumento está-se tronando preocupante.

Em Baoro, nestes dias, estou acompanhando o Pe. David, da nossa Procuradoria das Missões de Arenzano, para visitar as escolas das aldeias. Temo-nos dedicado a atualizar as Fotos para adoções à distância, que nos permitam manter as nove escolas de Baoro, onde, 1.700 crianças recebem uma educação saudável, sólida e serena.

Na segunda-feira, fui para Bozoum, onde a situação é bastante dificultosa, pois algumas aldeias e arredores converteram-se como base para grupos rebeldes. E por isso quase mil pessoas abandonaram as aldeias para fugir para Bozoum. Alguns são acolhidos na paróquia, outros por familiares ou amigos. E, como Cáritas, estamos organizando a distribuição de alimentos e de medicamentos.   

Em Bozoum saudei as crianças e jovens das nossas escolas básicas, e das médias e do Liceu Sant Agostinho.

É sempre agradável voltar a encontra-los, e deixar espaço para a esperança que cresce com eles. A Bozoum levei saudações, mas também a ajuda para as bolsas de estudo para os alunos e alunas, graças aos muitos amigos de Cuneo, e de seus arredores.

Terça-feira de manhã, muito cedo, desço a Bangui, onde encontro o Giovanni Grossi Bianchi, arquiteto de Génova. Está aqui, porque nas próximas semanas, depois de anos de discussões e trabalho, começaremos uma grande obra para construir o novo Convento do Carmelo.

Amanhã, sábado, volto a Baoro, para outros trabalhos e outras aventuras.



Rifugiati a Bogala
Les déplacés à Bogala


pont de  Kounde


Stagione dei mangi
La saison des mangues


St Augustin, Bozoum



P.Davide



 

Sul sito del nuovo convento di Bangui
Sur le site du nouveau couvent du Carmel à Bangui



sábado, 10 de abril de 2021

Saída e entrada

 


Saída e entrada

Os últimos dias em Itália coincidiram com a Semana Santa.

Pude rezar com toda a Diocese de Cuneo, reunida à volta do seu Bispo, na Quinta-feira Santa pela manhã, na celebração da Missa Crismal. Nesta Missa, que reúne os Sacerdotes da Diocese, e se recorda a Instituição do Sacerdócio. E o Bispo benze os Santos Óleos, que se usarão na administrar os Sacramentos.

Vivi o Tríduo Pascal com a paróquia do Coração Imaculado, em Cuneo. Muita gente, e muito bela participação. O vírus, ainda que nos mantenha a uma certa distância, permitiu a muitos aprofundar a busca, e procura, do Sentido da Vida. E: a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus, são a sua “CHAVE”.

Na segunda-feira, (de Páscoa), de manhã celebrei a Missa em casa da minha Mãe. A última antes de sair. E a última, provavelmente, na casa onde vivi desde 1971 a 1974, ano em que entrei no seminário, e para onde voltava sempre durante nos breves períodos de férias.

 Juntamente com a minha irmã Marisa, e o meu cunhado Flavio, saímos para o aeroporto de Turim. Partir nunca é fácil, mas faz parte das nossas vidas. Saudei-os e embarquei para Amesterdão (onde encontrei neve) e depois para Paris, onde cheguei pela tarde, e onde passei a noite.

Na terça-feira 6 de abril, às 9,30h, parti para a África-Central. O voo estava lotado, e quase todos desceram em Bangui. Para os controles sanitários, e os passaportes, e para recuperar a bagagem, isto levou-nos mais de duas horas. 

Quarta-feira pela manhã saí de Bangui para Baoro. Ao longo da estrada, agora, há pouco tráfico, e muitas barreiras colocadas pelos militares. Cruzamo-nos com alguns camiões, escoltados por militares russos.

Hoje, quinta-feira parti para Bouar. A situação é ainda difícil. Precisamente ontem houve combates entre rebeldes e “regulares” em Niem, a 70 quilómetros de Bouar. Em outras zonas ainda há refugiados e, como Cáritas, continuamos tentando ajudá-los.

Regresso a Bauro pela manhã e, pela tarde, vou visitar algumas escolas das aldeias, acompanhado do Pe. David. Os alunos são poucos, e as escolas têm dificuldades para voltar a começar depois das férias da Páscoa. Mas estão abertas, e isto já é alguma coisa.






Amsterdam

Paris