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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Um festa e uma visita de exceção

 

Il Cardinal Dieudonné Nzapalainga

 

Um  festa e uma visita de exceção

Falta muito pouco para o Natal, e estes dias são "efervescentes" para nós.

Sexta-feira voltei de Bangui, sábado estive todo o dia em Barka Bongo, uma aldeia a 40 quilómetros de Baoro. Aqui se reuniram os cristãos de quatro aldeias vizinhas (Bawi, Zoungbe, Barka e Balembe) para uma jornada de reflexão, oração e intercâmbio. A chamamos de "be nzoni" (bom coração): é um momento no qual as aldeias se voltem a encontrar para se ajudarem mutuamente, e também materialmente. Pela manhã propus uma catequese sobre o sacramento da confissão, e depois seguiu-se a missa. O almoço foi (partilhado, e todos contribuíram), se parte com o "dodo ti dimes": a dança das ofertas. Os cristãos de cada aldeia dançam e levem as suas ofertas, que depois serão entregues à aldeia que acolhe. Depois o "vencedor" (a aldeia que deu mais) terá direito a organizar a mesma festa, entre um ano ou dois.

No domingo celebrei a missa em Samba Bougoulou, a 35 quilómetros na estrada de Carnot.

E na quarta-feira 21 de dezembro receberemos um hóspede de exceção: o senhor Bispo de Bangui, o cardeal Dieudonné Nzapalainga.

É um homem de fé e de um valor extraordinário (acaba de publicar um bonito livro: "Minha luta pela paz. Com as mãos desnudas contra a guerra na África- Central", que aconselho).

Por estes dias quero visitar as zonas mais críticas da nossa Diocese. Zonas onde, além dos missionários, quase mais ninguém, se aventura a lá ir Há milícias rebeldes que atacam, que roubam e tem a aldeia continuamente ameaçada. Durante uma semana visitei Niem, Bocaranga, Ngaundaye, Mann, ficamdo nas aldeias mais  pequenass. Numa escola, as crianças  escreveram no quadro: "ajuda !".

No fim da visita que terminou aqui em Baoro, organizamos um bonito encontro com os jovens,no liceu de Baoro, e outro momento com a comunidade paroquial, na escola dos catequistas de Baoro.

E termino, desejando um feliz Natal!

Y lo hago (alguns já  receberam) com Mathieu...

Quem é Mathieu?

Há duas semanas terminamos os trabalhos da capela de Kouisso Baguera, a 7 quilómetros de Baoro.

Missa solene, com o senhor Bispo: cânticos, danças, e tudo o que é uma liturgia em África.

No final pedi ao senhor Bispo que desse um pequeno prémio (una estátua do Menino Jesus) a Mathieu.

Mathieu é surdo-mudo. Não ouve nada, nada, não fala. Mas durante os trabalhos está ali para dar uma mão. Deste modo sensivelmente e muita  alegria. Ele, que na aldeia está entre os últimos, é o mais disponível e o mais sereno. O senhor bispo chamou-o. Fez-lhe um sinal e deu-lhe um pequeno presente. Recebeu-o com grande dignidade, os seus olhos brilhavam de alegria e emoção.

Este ano, faço-vos partícipes dos bons desejos de Mathieu.

Porque a Natal não é uma brincadeira. O Natal é Deus que toma tanto a sério o homem que Ele mesmo se faz homem.

Porque o Natal, o Menino, é uma coisa seria! Veio transformar o mundo. Acreditamos ou não.

Porque o Natal, é Deus que se faz homem, o Emmanuel: o Deus connosco.

Porque o Natal é uma revolução: "Cada homem é uma revolução o ponto de partida, cada vez mais decisivo e cada vez mais insubtituivel, da atividade divina" (R. Guardini)

Feliz Natal com Mathieu!

P.Aurelio

 

i giovani all'ascolto del Cardinale
les jeunes à l'écoute


Barka Bongo

 

 







Ecole des catéchistes, Baoro






Samba Bougoulou






 

 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Bom trabalho

 

 

 


Bom trabalho

Aqui estou com um pouco de atraso.

Acabo de chegar de Bangui, depois de alguns dias de trabalho e reuniões.

O fim  de semana foi bastante exigente. No sábado pela tarde fui a Igwe, uma pequena aldeia no meio da savana a setenta quilómetros de estrada, no meio, de árvores queimadas (os fogos da brouse caraterísticos desta estação), para encontrar a pequena comunidade disposta, e já reunida na pequena capela (basicamente um teto de palha)

Domingo de manhã celebrei em Balembe, a 42 quilómetros, de estrada  de Bangui. Também aqui, apesar do frio (nesta época do ano chegamos aos 12 graus, de noite), encontrei um bonito grupo de cristãos.

Fui rápidamente para Bangui. Nestes  dias  chegou  Enrico Massone (que desde 1987 vem à  África Central para fazer vários trabalhos de construção) e chegou também  Giovanni Grossi Bianchi, o arquiteto que fez o projeto do novo convento de Bangui.

1.     Com Giovanni encontramo-nos em Boali, a 90 quilómetros de Bangui: aqui há umas cascadas muito bonitas.

2.     Segunda-feira, depois de visitar a obra, começamos a fazer as placas que farão o teto dos quartos. Creio que são as primeiras em toda a África-Central. Desde a Itália, temos feito tudo, para que preparem as vigas de metal, o Enrico, com os construtores da empresa, instala os ladrilhos cozidos.

Optámos  por esta solução, em vez de cimento armado, por razões estéticas e como isolamento térmico. Mas também para trazer um elemento novo ao país.

Quarta-feira de manhã fizemos o arco, e abobada que aparece com  toda a sua beleza. É bonito ver o entusiasmo dos construtores locais, que pela primeira vez veem esta técnica

le volte del nuovo convento
Les voutes du nouveau couvent




Enrico Massone





fiore di caffé
fleur du café



Cascate di Boali
Chutes de Boali



Orchestra della cappella di Igwe
L'orchestre de Igwe