Número total de visualizações de páginas

sábado, 29 de junho de 2019

Escolas. 2



Escolas. 2
O compromisso educativo da Igreja, (e não só na África-Central), é enorme.
Só aqui em Bozoum temos 21 escolas elementares nas aldeias (para mais de 3.400 crianças) e aqui na cidade vamos desde a creche Santa Marta (150 crianças), à escola elementar de Bakanja (950 alunos), ao Centro de Alfabetização (para uma centena de crianças e adolescentes, para permitir a sua entrada no ciclo escolar), à escola Média e Liceu Stº. Agustín (300 alunos) e, para acabar, o Centro"Arc en ciel" para órfãos (outras 200 crianças dos 4 aos 14 anos).
Todos os dias são mais de 5.000 crianças as que passam aqui, e nas aldeias, para receber educação e formação.
Segunda-feira foi o dia das crianças do "Arc en ciel": jogos, partidas, comida, presentes danças e sketches, para festejar o ano escolar que termina.
Na terça-feira de manhã a chuva parou por volta das 7,30h., justamente o tempo para a cerimónia do encerramento da escola elementar Bakandija. Graças a um grupo de amigos de Cuneo (ou melhor, de Borgo San Dalmazzo), também este ano pude comprar 600 pequenas plantas de citrinos, que demos aos primeiros vinte alunos de cada turma. É um pequeno reconhecimento pelo trabalho que fizeram, mas também algo que anima as crianças e os seus Pais a plantar árvores de fruta. As crianças e as suas famílias estão muito orgulhosas por isso.
E os seus sorrisos aquecem o mundo.














sábado, 22 de junho de 2019

Escola e bolsas “rosas”




Escola e bolsas “rosas”  
No sábado passado começámos a série das jornadas do encerramento do ano escolar.
Pela manhã foi o turno dos rapazes e raparigas de St. Agostinho (médias e Liceu). Depois da exibição de alguns alunos na dança e cânticos (em África não podem faltar), entreguei as notas aos 300 alunos; alguma desilusão, algum suspiro de alívio, e alguma  boa satisfação...
Também este ano entregámos bolsas de estudo para os primeiros alunos de todas as turmas, e as bolsas de estudo "rosa", para as raparigas que se encontravam colocadas entre os primeiros seis alunos de todas as turmas.
É uma forma de fomentar o génio feminino: com frequência as raparigas, além de ir á escola, têm que cuidar dos seus irmãos mais pequenos e de muitas outras tarefas da casa.
O bonito desta iniciativa (nascida em Cuneo, apoiada por CDVM, Salinzucca, Roagna Vivai y Baramò) é que começa a dar os primeiros frutos: este ano as raparigas que obtiveram a melhor qualificação entre o segundo e o sexto foram muitas, e 2 rapazes se impuseram como os primeiros das turmas, nas duas turmas do sexto. Sinal de que esta iniciativa os anima a trabalhar melhor.
No sábado de tarde, por sua vez, foi a cerimónia do encerramento para as crianças da escola materna: umas 150 crianças, empenhados em brincadeiras, cânticos e um pouco de desordem saudável.
No Domingo celebrámos a Missa na Capela dedicada a Santo António, com as crianças da catequese, e muita gente.  
E pela tarde acompanhei o Pe. Jérôme Paluku, Carmelita do Congo, Secretário das Missões para a nossa Ordem, até aos campos do arroz. É o tempo da sementeira, mas também da colheita: muitos aproveitaram a estação seca, já terminada, e a irrigação do local para produzir cebolas e amendoins.









La Cappella di S. Antonio
La chaelle de st. Antoine



sexta-feira, 14 de junho de 2019

Entramos na estação das chuvas



Entramos na estação das chuvas
Em Bozoum, desde outubro até abril estamos em plena estação seca. Às vezes (e nestes últimos anos com muita frequência), há chuvas inclusivamente em novembro, enquanto as primeiras chuvas aparecem já em fevereiro.
Em qualquer caso trata-se de quatro a seis meses de Estação seca, muito seca. E a chuva chega como uma bênção. Não é por acaso que em Sango (a língua da África Central), a chuva é chamada "NGU-NZAPA" (a água de Deus).
A vegetação em pouco dias fica verde, a temperatura refresca, as pessoas podem começar o trabalho nos campos, com a preparação das sementeiras de amendoim, milho-miúdo, milho, arroz e tudo o que pode deitar raízes.
Os exames da BC (Brevet des Collèges) que marcaram o fim do biénio superior, acabaram. Aqui em Bozoum havia 183 candidatos, dos quais 44 são do nosso liceu Santo Agostinho. De 183 presentes, 154 ficaram aprovados.
E entre estes, 41 são alunos nossos. É como a cereja em cima do bolo: de todos os 183, os cinco primeiros eram da nossa escola. É cereja sobre cereja, duas raparigas entre os três primeiros, e todas as nossas raparigas foram aprovadas.
No Domingo passado, Festa de Pentecostes, também começamos as conclusões do ano de Catecismo, com os catecúmenos do terceiro ano que foram ungidos com o óleo dos catecúmenos, símbolo de força na luta contra o pecado e ajuda no caminho para o batismo.
Que o Espírito Santo os ajude!




Fine dell'anno di catechismo
Fin de l'année de catéchèse


I promossi all'esame del BC
les admis au BC

I primi 5 su 181 candidati... tutti del nostro Liceo St Augustin
Les premier 5 sur 181 candidats, tous de notre Lycée St Augustin



domingo, 9 de junho de 2019

Pouco a pouco





Pouco a pouco
Quatro ministros e três deputados: isto foi o que chegou a Bozoum esta semana.
A questão das minas de oiro e da extração selvagem por parte das empresas chinesas em Bozoum, continua a preocupar.
Depois da minha breve detenção, a 27 de abril, e depois da reunião com Primeiro- Ministro, (8 de maio), parecia estar tudo parado.
O Primeiro-Ministro tinha prometido uma comissão de investigação sobre o desastre ambiental, sobre a contaminação da água e sobre as promessas de construção de dispensários e escolas, mas ainda não vimos nada…
No Domingo, finalmente, chegaram a Bozoum quatro ministros: o das Minas, o do Ambiente, o da Água e florestas e da Segurança Pública.
Chegaram pelas 10 horas, e às 13 reuniram-se com a população. Eu não estava presente, porque eu não tinha sido convidado, (penso que de propósito…), mas a população de Bozoum não se deixa intimidar. Muitos já entenderam a gravidade do problema, o desastre ecológico e o empobrecimento da zona, (e igualmente das futuras gerações), e não se contentam só com palavras. Pedem respeito para com eles, e para com as suas comunidades. A Delegação não esperava tanta coragem, e deve admitir que houve erros, e que fizeram algo de errado.
Dois dias depois chegaram três deputados, em missão oficial: o Parlamento tinha decidido criar uma Comissão de investigação, e estiveram aqui durante alguns dias, para comprovar os danos e informar o Parlamento. Trata-se de uma Comissão que tem muitos poderes, e assim volta a reacender alguma esperança
Já é muito ver a maturidade e a responsabilidade do povo de Bozoum. Os longos caminhos começam sempre por um primeiro passo.
Nestes dias estamos no fim do ano escolar, e começamos os exames.
E entretanto seguimos em frente com as diversas atividades, tanto na paróquia, como fora da paróquia.
Os trabalhos para a construção da Rádio de Bozoum continuam.



Esami
Examens

Radio Bozoum


La Chiesa di Kpari in costruzione
L'église de Kpari en construction