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sábado, 25 de novembro de 2017

No trabalho



Il riso di Bozoum
le riz de Bozoum


No trabalho
 Domingo 19 de Novembro, o P. Odilón, jovem Carmelita recém ordenado Sacerdote, está aqui em Bozoum para celebrar a primeira Missa. É um momento esperado por toda a Comunidade paroquial e também por ele.
Durante a semana fui ver os arrozais. É uma visita que sempre faço com gosto. É uma espécie de "reconstituinte" da esperança: dá gosto, e é um estímulo, ver estes espaços cultivados com precisão e entusiasmo. Acompanho um Conselheiro do primeiro Ministro, que os vê (os arrozais) pela primera vez, e ficou admirado que haja tanta beleza e tão bom trabalho.
Este ano os camponeses estão animados pela possibilidade de vender o arroz ao WFP (Fundo Mundial para Alimentação), que o distribui pelas diversas escolas. Por isso, em lugar dos habituais 14 hectares, este ano dedicamos para cultivar arroz 32 hectares.
Terça-feira fui a Bocaranga. Saímos às 5,30h. E depois de três horas e meia de uma estrada muito má e 125 quilómetros, cheguei a Bocaranga. Estou admirado da tranquilidade que encontro: as povoações estão cheias de actividade, e alguns cartazes informam que está proibido circular com armas na cidade. O mercado está com vida, e as escolas estão abertas. É quase um milagre!!! A cidade tinha sido atacada pelos rebeldes nos finais de Setembro, e a maior parte das pessoas tinham fugido (quase 4 mil chegaram a Bozoum). No principio de Outubro os Capacetes Azuis tinham intervido com uma operação militar, que os pôs em fuga. Ainda que não estejam muito longe, os rebeldes, ao menos há um pouco de tranquilidade e paz.
Fui a Bocaranga com os colaboradores da Cáritas e com uma “refugiada”, que tinha fugido para Bozoum. A visita é importante porque os refugiados assim podem dar-se conta da situação e logo decidir se voltar para Bocaranga ou não.
A visita aqui, em Bocaranga, permitiu-me entender como podemos intervir como Cáritas. Muitas pessoas nos estão dando uma mão (Cáritas da Alemanha, Siriri. Org e o Ministério dos Assuntos Estrangeiros da República Checa, a paróquia de Cassina Amata na Itália…) e isto permitir-nos-à fazer muitas coisas. Antes de mais nada a escola: mais de 200 professores de 64 escolas elementares receberão uma ajuda mensal, como incentivo e estímulo.
Depois se fará alguma coisa pelos doentes, os anciãos, e pelos que regressam e têm que reparar a sua casa. E, se o conseguirmos, em Janeiro de 2018 teremos a Feira Agrícola de Bozoum, os camponeses e as cooperativas poderão participar, para encontrar uma saída para a venda dos seus produtos.










P.Odilon













domingo, 19 de novembro de 2017

Senegal e Quénia: a volta



Senegal e Quénia: a volta
Sexta-feira 10 de Novembro, depois de três dias inteiros com reuniões com os Irmãos  Carmelitas da África francófona, saímos de Kaolack para Dakar. Paramos na abadia beneditina de Koeur Moussa, fundada em 1961. Aqui há um exemplo acabado de inculturação da liturgia, com o canto acompanhado pela kora, um instrumento tradicional construido com uma grande cabaça. Celebramos a Missa, com toda a Comunidade beneditina, que logo nos acolheu e nos ofereceu a refeição.
Depois das vésperas celebradas no Mosteiro das nossas Irmãs Carmelitas de Sébhikotane, fomos a Dakar para passar a noite. O P. Javier saíu à noite e eu aproveitei o sábado de manhã para me encontrar com alguns dos meus ex-seminaristas e estudantes que vivem ou estudam aqui: Junior e Evaristo Yekaton, Wilfried Ahoundara, Tite Wratchet, Prince Gbae, Sainteté. Foi um momento muito bonito.
No sábado de tarde saí de Dakar. A viagem dura umas dez horas. Logo que cheguei a Nairobi, uma surpresa! O avião para Bangui foi atrasado por duas vezes, e depois cancelado. Deste modo Kenia Airways proporcionou-nos um bom hotel, e depois de meio dia de descanso, pude partir segunda-feira pela manhã para Bangui, onde cheguei às 8'40.
Aqui encontrei Enrique Massone, que acabava  de chegar para uma estadia de dez dias. Segunda-feira começamos a organizar dois importantes projetos no Carmelo de Bangui:  a instalação  de uma casa para as Irmãs indianas  CMC, e o lugar para a fabricação de ladrilhos com as máquinas HYDRAFORM que compramos  na África do Sul.
Terça-feira de manhã saí para voltar a Bozoum, onde cheguei por volta das 12 horas. Por fim, em casa.
Quarta-feira de tarde fui a Konkere, um pequeno povoado a uns 30 quilómetros de Bozoum, onde  estamos a fazer um  poço, justamente ao lado da escola que acabamos de construir. 








Dakar

Dakar

Nairobi

Nairobi

Pozzo a Konkere
Forage à Konkere

La nuova scuola ed il pozzo a Konkere
La nouvelle école et le forage à Konkere

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Quénia e Senegal





Quénia e  Senegal
Nestes dias viagei para participar  em algumas reuniões dos responsáveis carmelitas da África francófona.
Sexta-feira de tarde saí com o Pe Javier, nosso superior provincial, para Nairobi, onde chegámos já de noite. Fomos muito bem acolhidos pelos nossos Irmãos Carmelitas. No sábado, pela manhã, fui saudar o Pe. Nicolás Fogliaco, dos Missionários da Consolata. Vive aqui desde há, mais ou menos 40 anos e continua ensinando, com entusiasmo Teologia, às gerações de jovens de toda a África. Voltei a vê-lo com gosto, precisamente porque somos do mesmo país, de Madonna di Grazia, na província de Cuneo. De tarde fizemos várias visitas, e no Domingo saímos para Dakar. E depois de um vôo de dez horas, chegámos finalmente a Dakar, no Senegal.
Encontramo-nos com os nossos Irmãos Hábito do Congo, Camarões,  Madagascar, Malawi, Burkina-Faso, Ruanda-Burundi e Senegal. Vieram alguns Padres, da nossa Casa Geral, de Roma. Reunimo-nos, nos dias segiuntes, para debater e partilhar várias experiências da nossa vida carmelitana, nos diferentes países.
Segunda-feira, de manhã, antes de ir ao nosso convento de Kaolack, fizemos uma visita a um lugar simbólico: a ilha de Gorée. Situada a uns 3 quilómetros de Dakar, nesta pequena ilha (900 X 300 metros) atracavam navios para levar os escravos. Muitas das casas eram “ casas de escravos”, onde os africanos capturados no interior do continente eram seleccionados, divididos, pesados e classificados como animais, e depois, carregados às centenas nos navios, em condições horríveis, viajavam durante 2-3 meses com destino à América, onde eram vendidos como escravos.
O Papa João Paulo II, quando visitou esta ilha, em Fevereiro de 1992, disse:
“Que longo é o caminho que a Família humana deve percorrer antes de que seus membros aprendam a amar-se e respeitar-se como imagens de Deus, para se amarem finalmente, como filhos e filhas do mesmo Pai do Céu”.
Pela noite chegámos a Kaolack, onde os nossos Irmãos franceses têm um magnífico convento, em plena savana. O clima aqui é muito, muito quente.
Foram dias cheios, que começavam em silêncio na capela, com a hora de Oração, seguida da Eucaristia. Durante as reuniões houve uma representação das realidades de todas as circunscrições. Em muitos países, (África-Central, Congo, Burundi) a situação é muito difícil, mas em todas as zonas há um grande crescimento, com muitos jovens, e uma presença que tenta levar a riqueza da espiritualidade do Carmelo.

Incontro con il Cardinal Nzapalainga, arcivescovo di Bangui, p.Saverio e p.Mesmin


P.Nicola Fogliacco

la cattedrale di Nairobi


Reusrrection Garden - Nairobi

le strade di Gorée


La parrocchia dell'Isola di Gorée
la paroisse de l'Ile de Gorée

la porta attraverso la quale gli schiavi salivano sulle navi


Couvent des Carmes Déchaux de Kaolack









domingo, 5 de novembro de 2017

Nenhum bandido!





Nenhum bandido!
Esta semana nenhum bandido.
 Na quinta-feira passada, 26 de outubro, depois de uma noite um pouco agitada pela recordação dos bandidos, saímos pelas 5 horas da manhã para Bangui. Levei as Irmãs indianas, (das quais duas Superioras, foram para o Sudão, na sexta-feira), e os PP. Andrés, Lorenzo e David que tinham vindo para a grande festa das Ordenações.
Apesar dos caminhos em caravana, (escoltados pelos Capacetes Azuis), conseguimos chegar a Bangui pelas 13 horas. De tarde, e na manhã seguinte, estive em várias reuniões, e no sábado, pela manhã, tomei a estrada de volta para Bozoum.
Já lá vão três semanas que ando viajando entre Bozoum, Bangui e Bouar, e em dezanove dias percorri, conduzindo, 3.800 quilómetros.  Ânimo!
Por fim, entre Domingo e quarta-feira fiquei em Bozoum.
Segunda-feira tivemos uma primeira reunião com os professores do nosso Liceu e do Colégio Santo Agostinho. Tratava-se de comprovar o trabalho classe por classe.
Na terça-feira passei visita às escolas dos refugiados: oito classes, onde um número variável, (demasiado variável), de alunos vêem por fim à escola.  Rapazes e raparigas, são entre 120 a 400… Os refugiados estão indecisos se ficam em Bozoum ou se voltam para Bocaranga, ou para qualquer outra parte….
O trabalho educativo é fundamental. Precisamente nestas semanas, graças aos bem-feitores (entre USA e nossos Irmãos da República Checa) estamos terminando duas escolas: uma em Kpari e outra em Konkere.
Ânimo!

la scuola in costruzione a Kpari, e a fianco la "scuola" attuale

la scuola di Kpari... adesso!





Scuola rifugiati: guardando al futuro.