Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Ficar-se e ir





Ficar-se e ir
Aliás nem todos sabem que nós, os Frades, temos uma especie de “mudanças” cada três anos. No mês de Maio celebramos o “Capítulo Provincial”, no qual uns 20 Padres, entre Superiores e representantes de todas a Comunidades, refletimos sobre o passado, e traçamos o caminho para o futuro do nosso viver Carmelita.
No Capítulo foi eleito o Provincial e quatro Conselheiros. Serão eles, que durante todo o Triénio tomarão as decisões mais importantes. E cada três anos todas as responsabilidades “ mudam”, e há que comprovar se é preciso mudar a pessoa que ocupa esse cargo, ou se  há que confirmá-lo no resptivo cargo. Às vezes há necessidades mais urgentes noutros locais, e cada um de nós se disponibiliza, com a consciência de que, a qualquer lugar a que sejamos enviados, é o lugar a que Deus nos chama a viver e a trabalhar.... Por isso, com Ele, e juntamente connosco, tudo correrá bem.
Nestes dias chegaram também as decisões para a nossa Missão de Bozoum.
Em suspenso….
Pois bem, eu continuarei em Bozoum, no próximo triénio.
Dentro de algumas semanas chegará o Pe. Mateo Pesce, que estava em Bangui, e que substituirá o Pe. Enrique Redaelli, o qual (Pe. Enrique) depois de três anos, sai de Bozoum para ir como superior, e mestre de noviços, para Bouar, no Convento de Santo Elias.
Sentiremos a falta (se bem que não esteja muito longe) da sua presença e simpatia, pelo seu trabalho apostólico, e pelo amor à Oração, pelo seu trabalho com os jovens, e com os rapazes. E também por ser um fã de Milão…
Eu continuo em Bozoum, mas peço oração para poder continuar trabalhando na Paróquia, e por todas as pessoas daqui. Que o Senhor continue mantendo-me no ativo, para tentar sempre novos modos de ajudar, e de amar.
Durante estes dias, a insegurança continua. Com frequência se ouvem disparos, e desde segunda-feira há dezenas de anti-balaka armados. Afortunadamente trata-se mais bem de “ajustar” contas, mas é preocupante este movimiento de gente armada, sem nenhuma reação por parte da administração.
A estação das chuvas continua. Quarta-Feira saí de Bozoum em direção a Bouar, mas aos 30 quilómetros tive que interromper a viagem, porque um camião tinha tombado no meio da estrada de modo que bloqueou a passagem.
Fiz marcha atrás e voltei a Bozoum. Aqui, a formação sobre Contabilidade e Gestão estão chegando ao seu fim para uns trinta participantes. Na Quarta-Feira passada, fizeram as provas pela segunda vez, dos que foram declarados admissíveis à maturidade. Para esta prova, onde as correções e os votos estão concentrados em Bangui, surgiram muitos erros: muitos têm zero em ginástica (cujas provas se fizeram  aqui, em Bozoum, e os resultados tinham sido enviados à capital, mas só se inseriram mal). Por isso, há muitas dúvidas sobre muitos resultados…









domingo, 23 de julho de 2017

Construir apesar de tudo










Construir apesar de tudo

Enquanto o País continua com a sua prolongada crise e, enquanto o Governo, a Comunidade Internacional, os Capacetes Azuis, (algumas) ONG e (algumas) Comunidades parecem trabalhar para que a instabilidade permaneça e fazer o menos possivel, nós tentamos esforçar-nos e trabalhar um pouco cada vez mais.
Esta semana, aqui em Bozoum, tivemos três acontecimentos magníficos, três "boas" notícias.
No sábado a nossa Caixa de Aforros e Crédito de Bozoum (CAC Bozoum) celebrou os seus primeiros dez anos de vida. Uma iniciativa que começou discretamente, e agora tem mais de 2.000 membros que pertençem à Caixa de Aforros. E assim decidiram      celebrar o acontecimento com uma boa e maravilhosa iniciativa: oferecer 25 colchões ao  hospital de Bozoum. É bonito que tenham pensado na cidade com um gesto concreto, e que a oferta seja fruto das poupanças  e do trabalho da Caixa, e não da costumada ajuda que vem de fora.
Segunda-feira de manhã tivemos outra "boa" notícia: começamos duas semanas de formação sobre contabilidade e gestão, para os alunos que terminaram o nosso liceu e para umas dez pessoas que trabalham na administração do hospital e outras entidades.
Terça- feira de tarde, outra "boa" notícia: a publicação dos resultados dos exames de maturidade. Infelizmente, os resultados em toda África são catastróficos. De 16.180 candidatos, só 929 foram admitidos (1l 5,74%). Assim poucos, são "admisiveis": estudantes que podem reemprender uma ou duas matérias insuficientes (se obtêm a suficiencia, serão promovidos).
O nosso liceu de Santo Agostinho este ano apresentou 17 candidatos; dos quais, 8 foram  admitidos, 8 são "admisiveis" só um foi rejeitado. É um resultado óptimo.
E há outras “pedras” na construção de África-Central.







Formazione Contabilità - Gestione
Formation Comptabilità - Gestion


Ritorno degli Scout
Retour des Scouts

Gli alunni del nostro Liceo St Augustin



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Viagens e pessoas



Una sfida all'ortografia. NE CHERCHE PAS A SAVOIR
Vive l'orthographe: NE CHERCHE  PAS A SAVOIR



Viagens e pessoas
Sexta-feira 7 de julho saímos de Bouar em direção a Yaundé, a capital dos Camarões. A um pouco mais de 700 quilómetros de estrada, com o sempre elemento desconhecido da  fronteira, pela qual  passamos com calma. Éramos cinco: os PP. Javier e Ciriaco, Frei  Louis Blaise e a Irmã Cristina, que deixa Bozoum para voltar ao Congo, e eu.
A passagem na fronteira foi fácil, ainda que de qualquer modo, entre escrever e transcrever e pôr os selos, demoramos mais de hora e meia. Depois de uma breve paragem em Garona Boulay, seguimos para Bertoua, onde passamos a noite.
Viajar é sempre uma incógnita. Há muitos camiões, alguns com pinturas interessantes, e fixar-se no panorama, e na gente, é sempre interessante.
Sábado pela manhã saímos às 5h30, e às 10h estávamos em Yaundé. Aqui os Carmelitas têm duas Comunidades. Estivemos uns momentos na paróquia de Nkoabang, à entrada  cidade, e depois seguimos para o Convento de Nkolbisson. Como é natural na cidade há muito trânsito, levamos quase uma hora a atravessa-la.
De tarde, e no Domingo reunimo-nos  com os Padres daqui. Há também dois Padres da nossa Província (os PP. Domingo Rossi e Marco Gazzoli).
No Domingo à tarde levei o P. Javier ao aeroporto de Yaundé, de onde sairá para regressar à Itália.
Segunda-feira de manhã fui às Monjas Carmelitas para Celebrar a Missa, e também para dar-lhes algumas instruções sobre o forno de lenha.
De tarde o P. Ciriaco, e eu, iniciamos a viagem de regresso. Passamos a noite em  Bertoua, e na terça-feira, pela manhã saímos muito cedo, de modo que  às 11,30h, estávamos já em Bouar. Eu segui viagem e cheguei a Bozoum já bastante tarde.
Nestes dias, aqui em Bozoum, começam a circular rumores de um ataque por parte dos  Seleka, que estão a uns cem quilómetros. Muitos comerciantes fugiram, e nós tentamos tranquilizar as pessoas, inclusive para as ações tão simples, como ir ao mercado a comprar tomate...
Esperemos!











sábado, 8 de julho de 2017

Contra a corrente





Contra a corrente
Depois de chegar na sexta-feira, pela tarde, a Bozoum, passamos o sábado e o Domingo em casa, com o Pe. Javier, o novo Provincial.
No Domingo de manhã, Celebramos a Eucaristia Solene com os PP. Enrique e Javier. Depois da Missa, o Centro de Promoção Feminino «Cana» apresentou os lavores que tinham feito as Jovens e as mulheres, durante este ano escolar. O Centro, financiado pelos amigos de Siriri.org de Praga, permite a umas quarenta mulheres frequentarem os cursos (ao longo de três anos) de: puericultura, costura, bordados, economía familiar, e culinária….
Durante a tarde saí com o Pe. Javier para Bouar e logo de seguida para  Baoro, onde chegamos pelas 18 horas, depois de termos percorrido 180 quilómetros. No dia de Segunda-feira, o Provincial reuniu-se com os PP. da Comunidade, enquanto que eu, durante esse tempo, me dediquei a trabalhos de grifos e coisas semelhantes, para que funcione a nova cozinha da Comunidade, que inauguramos com um maravilhoso prato de massa/ talharim confeccionados em casa.
De tarde saímos para Bouar, para visitar as Comunidades de Santo Elias. Enquanto caminhavamos, chamaram-me de Bozoum, onde tinham chegado rumores de um ataque eminente por parte da Seleka, um grupo armado que está um pouco por todo o País. Enquanto acompanho a situação, procuro, de qualquer modo, informação dos Capacetes Azuis para ver se podem fazer alguma coisa. Ao mesmo tempo que se espera a evolução da situação, abastecemos-nos para partir para junto das Irmãs Congolesas, a fim de as livrar do perigo. No dia seguinte, de manhã, o Pe. Norberto, e eu, saímos às 4,30h. para regressar a Bozoum. Quase não tivemos coragem de deixar o Pe. Enrique sòzinho, e não queremos abandonar a gente de Bozoum. Chegamos às 7,30horas, e felizmente parece que os homens armados da Seleka, se tinham dispersado para uns 50 quliómetros. E por agora o ataque evitou-se.
Pelas 10h. fui à cidade, para que as pessoas vejam que estamos aqui, e continuem confiando em nós. Às 13h. ouvimos alguns disparos. Não são os criminosos da Seleka, mas são os anti-Balaka (jovens da cidade e seus arredores): tinham atacado a Polícia e tiraram-lhe as armas…
Quarta-feira, visto que a situação parecia estável, voltei com o Pe. Enrique para Bouar, porque de tarde e no dia seguinte teremos reuinões com os outros Padres da Delegação. São momentos fortes, e maravilhosos, de discussão, reflexão e partilha, sobre a vida que o Carmelo está fazendo na África-Central.
De manhã muito cedo, sexta-feira 7 de Julho, saíremos com o Pe. Provincial para Yaundé, nos Camarões, para terminar a visita.






Baoro