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domingo, 22 de março de 2020

Cuidar do mundo






Cuidar do mundo
Desde que estou na África-Central, é uma das primeiras vezes, em que a situação se inverte assim. No geral é o resto do mundo quem se preocupa connosco. Nestas semanas, no entanto, somos nós que estamos preocupados com o resto do mundo. A crise do coronavírus está perturbando países e continentes, matando pessoas, e atingindo fortemente a muitíssima gente.
Entretanto pensamos nas nossas famílias, nos nossos amigos, em todo o mundo, damo-nos conta do frágeis que somos, mas também de como estamos ligados na aventura da vida, pessoas e países de todos os locais deste planeta.
Na África-Central, por agora, parece que só existe um caso.
Mas a preocupação é grande: se o vírus chega aqui, será algo gravíssimo. Só há um laboratório onde efetuar as analises, e está em Bangui, a Capital. Não há estruturas de reanimação, e nenhuma possibilidade de assistência respiratória. As medidas de contenção são muito difíceis num país onde se vive em casa, mas em muitas ocasiões fora dela.
Nestes dias não falta a Oração, a simpatia e a convicção de viver um momento muito difícil. Esta manhã a Rádio de Bozoum, “A Voz de Koyale” transmitiu o hino Italiano como um sinal de solidariedade e simpatia. Aqui vai um pequeno vídeo:
A semana passada vivemos um momento de formação com os outros Sacerdotes da Diocese.
Na segunda-feira passada fui a Bangui para acompanhar a Alban, um jovem Belga que esteve connosco dois meses. Uma vez que chegamos a Bangui, disseram-nos que o voo Air France, previsto para a tarde, estava cancelado. Conseguimos encontrar um lugar no dia seguinte, terça-feira: a partida para Duala, nos Camarões, e a esperança de partir para Paris ou Bruxelas, durante a tarde. Na terça-feira, pela manhã, às 5 horas, parecia que o voo para Bruxelas estava cancelado. Mas depois aparece no programa o voo, e o Alban partiu. Em Duala, onde tinha que passar todo o dia, encontrou um amigo que o acolheu, e de tarde o levou ao aeroporto.
Finalmente com umas horas de atraso conseguiu seguir para a Europa.
Entretanto, eu voltei a Bozoum, passando por Baoro e Bouar. São quase 600 quilómetros, e, no final, encontrei duas vacas que decidiram sentar-se na ponte e não havia maneira de fazê-las levantar-se, e se deslocarem, até que elas próprias decidiram, fazê-lo, depois de uns vinte minutos de espera.
E deste modo, devagarinho, até casa. Como todo o mundo
 


































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