Vistos e imprevistos
Nem sempre tudo acontece como se tinha previsto que iria acontecer e, sobretudo aqui na África -Central, é melhor ter em conta qualquer imprevisto.
No sábado de tarde saí para a Balembe, uma aldeia a 45 quilómetros de Baoro, para me reunir com a Comunidade cristã e celebrar a Missa. Mas, apesar de ter combinado de antemão , não encontrei ninguém e tive que voltar para Baoro,
No domingo, celebrei a Missa em Zoungbe, sempre na rota para Bangui. A aldeia é pequena, e encontre a todos prontos. Terça-feira de tarde voltei a Bouar para me reunir com o sr.Bispo, que uns dias antes tinha ido a Bocaranga e a Ndim, duas cidades onde a violência dos rebeldes e militares continua, e onde as pessoas estão ameaçadas, e não podem ir aos campos para trabalhar na agricultura, nem esperam ir à escola, nem conseguem ir aos poucos hospitais e ambulatórios da zona para serem consultados e atendidos Algumas ONG e OCHA estão a ver o que se pode fazer, e tentam coordenar as iniciativas.
Também com o sr. Bispo estamos a tratamos da actualização do sitio da Diocese, que um amigo criou há ja dois anos: https://www.diocesebouar.org/
Nestes dias estamos a reabrir as escolas das aldeias. O número de inscritos continua a aumentar: são mais de 1.200 crianças inscritos. Para as inscrições pedimos uma pequena participação de 2 euros por ano (quase não chega para dois meses de ordenado dos professores. Para o resto, contamos com a providência, que por meio de muita boa gente se ocupa disso). Este ano estamos a tentar uma nova forma de pagamento: quem quiser, pode pagar com produtos dos campos. Muitos têm trazido milho, amendoins e mandioca, produtos seus e disponíveis com facilidade para a maior parte das pessoas.
Ontem e hoje, 6 e 7 de outubro, irei às aldeias mais distantes, a Bayanga Didi.
Tudo preparado, e já ia a 40 quilómetros de Baoro quando me disseram que não era possível passar pela estrada pela qual ia mas que tinha que ir por outra. Que, mais que uma estrada, é um caminho no meio da savana, com ervas de um metro e meio de altura, e um arvoredo muito denso. Levei horas para percorrer 30 quilómetros.
Mas, graças a Deus, e com um pouco de sorte. Cheguei pelas 18 horas a Bayanga Didi. Aqui estamos preparando a criação de um jardim-infantil. As crianças são muitas, e as escolas elementares, por agora, não funcionam. Não podendo (todavia) intervir nas escolas, começamos com o jardim infantil. Há quase oitenta crianças, que os seus pais gostariam de inscrever. Esta manhã tivemos uma reunião com os chefes da aldeia e com a povoação, para ver como organizar a zona para as crianças.
Tinha em programa uma reunião com a Comunidade cristã de Yoro, a 5 quilómetros. Mas não pude ir porque há alguns homens armados, que tem como refém o povo...
Saio de novo pelas 10'30, horas juntamente com Maria, que será a professora do jardim infantil. Levo-a a Baoro para que possa fazer algumas práticas e preparar-se.
https://www.diocesebouar.org/ |
Zoungbe |
Pensando alla Scuola Materna - Bayanga Didi A l'étude de l'école maternelle |
Strada... per Bayanga Didi Route... pour Bayanga Didi |
Scuola di Pate Bonambolo Ecole de Pate Bonambolo |
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