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domingo, 10 de outubro de 2021

Vistos e imprevistos

 

 

Vistos e imprevistos

Nem sempre  tudo acontece como se tinha  previsto que iria acontecer e, sobretudo aqui na  África -Central, é melhor ter em conta qualquer imprevisto.

No sábado de tarde saí para a Balembe, uma aldeia a 45 quilómetros de Baoro, para me reunir com a Comunidade cristã e celebrar a Missa. Mas, apesar de ter combinado de antemão , não encontrei ninguém e tive que voltar para Baoro,

No domingo, celebrei a Missa em Zoungbe, sempre na rota para Bangui. A aldeia é pequena, e encontre a todos prontos.                                                                          Terça-feira de tarde voltei a Bouar para me reunir com o  sr.Bispo, que uns dias antes tinha ido  a Bocaranga e a Ndim, duas cidades onde a violência dos rebeldes e militares continua, e onde as pessoas estão ameaçadas, e não podem ir aos campos para trabalhar na agricultura, nem esperam ir à escola, nem conseguem ir aos poucos hospitais e ambulatórios da zona para serem consultados e atendidos  Algumas ONG e  OCHA estão a ver o que se pode fazer, e tentam coordenar as iniciativas.

Também  com o sr. Bispo estamos a tratamos da actualização  do sitio da Diocese, que um amigo criou  há ja dois anos: https://www.diocesebouar.org/

Nestes dias estamos a reabrir as escolas das aldeias. O número de inscritos continua a aumentar: são mais de 1.200 crianças inscritos. Para as inscrições pedimos uma pequena participação de 2 euros por ano (quase não chega para dois meses de ordenado dos professores. Para o resto, contamos com a providência, que por meio de muita boa gente se ocupa disso). Este ano estamos a tentar uma nova forma de pagamento: quem quiser, pode pagar com produtos dos campos. Muitos têm trazido milho, amendoins e mandioca, produtos seus e disponíveis com facilidade para a maior parte das pessoas.

Ontem e hoje, 6 e 7 de outubro, irei às aldeias mais distantes, a Bayanga Didi.

Tudo preparado, e já ia a 40 quilómetros de Baoro quando me disseram que não era possível passar pela estrada pela qual ia mas que tinha que ir por outra. Que, mais que uma estrada, é um caminho no meio da savana, com ervas de um metro e meio de altura, e um  arvoredo muito denso. Levei horas para percorrer 30 quilómetros.

Mas, graças a Deus, e com um pouco de sorte. Cheguei pelas 18 horas a Bayanga Didi. Aqui estamos preparando a criação de um jardim-infantil. As crianças são muitas, e as escolas elementares, por agora, não funcionam. Não podendo (todavia) intervir nas escolas, começamos com o jardim infantil. Há quase oitenta crianças, que os seus pais gostariam de inscrever. Esta manhã tivemos uma reunião com os chefes da aldeia e com a povoação, para ver como organizar a zona para as crianças.

Tinha em programa uma reunião com a Comunidade cristã de Yoro, a 5 quilómetros. Mas não pude ir porque há alguns homens armados, que tem como refém o povo...

Saio de novo pelas 10'30, horas juntamente com Maria, que será a professora do jardim infantil. Levo-a a Baoro para que possa fazer algumas práticas e preparar-se.

https://www.diocesebouar.org/


Zoungbe




Pensando alla Scuola Materna - Bayanga Didi
A l'étude de l'école maternelle



Strada... per Bayanga Didi
Route... pour Bayanga Didi



Scuola di Pate Bonambolo
Ecole de Pate Bonambolo


 


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