500 km, 20 horas de carro, macacos e galinhas da guinea em abundancia!
Regressei ontem de Obo, uma paróquia a mais de 500 quilómetros de Bangassou. Tínhamos previsto sair de avião, na quinta-feira, dia 13, quando se apresentaram os Capacetes Azuis (que nos tinham prometido a passagem e entregado o bilhete no dia anterior) e nos disseram que não havia lugar para nós!
Voltamos para a Missão e decidimos arriscar ir de carro! As confirmações estavam previstas para o domingo e não quisemos dececionar os sacerdotes e os fieis cristãos de Obo!
Desde há vários anos que não ia ninguém a Obo de carro, devido ao estado das estradas,
Saímos um mecânico e eu às13h3o de Bangassou. E percorridos os primeiros 20 km. Tivemos o primeiro problema (que afortunadamente foi o último!). O caminho a partir dali não estava muito mal, e às 18.h30 chegamos a Rafai, a 150 km. Aqui passamos a noite com os frades franciscanos, partimos às 5:h15 para fazer o resto da viajem: são 350 km de caminho terrível, mas correu tudo bem. Às 10:h20 estamos em Zemio, a outros 150 km, aonde paramos um momento para descansar e cumprimentar os sacerdotes, depois continuamos. Em Kitessa, um povoado a 50 quilómetros de distância de Zemio, encontramos um pequeno grupo de rebeldes armados, que, no entanto, se limitaram a mandar-nos parar e a saudar-nos…
E ao lado deles, não há carros, muito poucas motas uma ou outra bicicleta; mas sim muitas galinhas da guinea e muitos macacos! E flores exóticas e lindas
Às 19h30 chegamos por fim a Obo, debaixo do olhar quase incrédulo das pessoas que passeavam em uma cidade praticamente sumida na obscuridade.
O pároco, padre Gervais, e o seu vigário, o padre Lucie receberam-nos calorosamente. Também houve ceia… mas estava demasiado cansado e fui logo deitar-me, depois de um duche com o que tratei de tirar um pouco de pó vermelho com o qual estava coberto.
A manhã de sábado foi dedicada aos 70 que receberam a Confirmação e o dia seguinte: catequeses, encontro com os padrinhos, e os ensaios… A tarde, no entanto, foi para a confissões, e com as confirmações, celebramos solenemente a graça do Jubileu da Esperança.
No domingo pela manhã celebrei a Missa ao ar livre, porque a igreja a demasiado pequena para albergar tanta gente, estavam mais de 2ooo pessoas Começamos com o momento do Jubileu. Depois do exame de consciência e o pedido de perdão a Deus, os fieis, Avançam lentamente, persignam-se com a água benta (em memória do batismo) e vão lentamente para a igreja. Aqui na entrada estou eu e o padre Lucien, abençoamos cada pessoa que vem, isto é o sinal da misericórdia de que Deus dá sempre uma e outra vez a cada pessoa que confia N,Ele, depois deste lindo momento continuamos a missa e as confirmações.
A liturgia é sempre muito participativa: cantos, danças, oração, silêncio. É uma verdadeira festa!
Depois da Missa, os membros da, Legião de Maria, na sua maioria mulheres, vieram trazendo presentes ao sr. Bispo.
Nos dias seguintes encontrei-me com os sacerdotes e os fieis Voltei na quarta-feira Parei em Mboki, a paróquia encerrada há 2 anos (o sacerdote tinha sido atacado e ferido pelos rebeldes). Os soldados que ocuparam a igreja e o presbitério estão a sair para outra parte. Espero poder vir aqui a Mboki na Semana Santa para celebrar as festas. Haverá muito trabalho para fazer, mas queremos confirmar na Esperança as pessoas que sofreram demasiado aqui. E continuam sofrendo. Há muita tensão nestes dias, Na verdade há umas semanas houve novos massacres (10 personas foram assassinadas).
A escola primária está funcionando e os professores, ao ver-me, ficaram contentos y agradecidos pela pequena ajuda mensal que conseguimos enviar-lhes. Depois de Mboki saí para Zemio, onde cheguei pela tarde. Também aqui me encontrei com os sacerdotes e na manhã seguinte celebrei a missa às 5:h45 (¡hora normal na la República Centro-africana!). E às 7h15 partimos, continuando a rota do retorno.
Algumas árvores haviam caído com o vento e a chuva do dia anterior, mas conseguimos chegar a Rafai, a 150 km de distância, pelas 13:h20. Depois de um pequeno refrigério continuamos a última parte da viagem, apesar do contratempo do ferry que nos fez perder 1 hora. Mas às 3 da tarde conseguimos sair, e às 19.h30 da tarde finalmente estávamos em Bangassou.
Foi muito cansativo, mas valei a pena!
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