Coisas
boas e más
Domingo 3 de setembro (isto é o
mau) um grupo de rebeldes Seleka chegou a Ndim, uma aldeia a 160 quilómetros de
Bozoum. Desde há alguns meses a zona está debaixo de uma grande tensão, grupos de rebeldes vão e veem e ficam para
controlar a fronteira com os Camarões e com o Chade (vivem de roubos, saques,
violências e incomodam os poucos comerciantes que se aventuram a abastecer as
cidades e aldeias de mercearias de primeira
necessidade).
Domingo chegaram a Ndim, e
fizeram refém a esposa do Alcaide (uma mulher muito competente) e o Pároco, P.
Robert, capuchinho, polaco.
Ao Padre insultara-no porque defende as pessoas e denuncia o que está mal, foi esfaqueado e torturado. O povo encheu-se de coragem e conseguiram libertá-lo.
Ao Padre insultara-no porque defende as pessoas e denuncia o que está mal, foi esfaqueado e torturado. O povo encheu-se de coragem e conseguiram libertá-lo.
Preocupa-me muito o que sucedeu, porque tinham a intenção de assustar e
fazer calar as poucas pessoas que denunciam os criminosos, mas também há quem
por incompetencia e falta de vontade, deixam fazer: como fazem o governo e os
capacetas azuis.
O bom... é o último trabalho feito na Igreja: ficaram por nivelar as
duas colunas que sustêm o Sacrário e a Imagem de S. Miguel, o titular da Igreja.
Tinhamos previsto que se fizesse uma escultura em madeira, mas o artista,
depois de receber um sinal (em dinheiro) desapareceu. Agora mudamos o projeto,
e chamamos um pintor, o mesmo, que tinha pintado os Apóstolos, e a decoração do
ano passado.
Acabamos de fazer o trabalho: trata-se de uma decoração muito simples,
mas que atrai a vista com as suas vivas cores. E sobretudo, atraiem para o
Sacrário, onde está a presença Eucarística de Jesus. E sobre S. Miguel, sobre o
qual esvoaçam alegres quatro Anjos.
Sobretudo é importante, quando o mal parece prevalecer, aportar e criar
beleza. Que é um dos Nomes de Deus.
P.S. O galo, do Domingo passado, o que fez o percurso de 50
quilómetros, está bem por agora…
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