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domingo, 14 de abril de 2019

Demasiada riqueza?





Demasiada riqueza?
Como tudo na vida, também nesta semana houve momentos de dor, e outros de esperança.
Na sexta-feira passada morreu em Bangui o professor Ives Woko. Tinha 73 anos, foi professor durante toda a sua vida (no ensino público, e nos últimos 20 anos na nossa escola de Bozoum). Um homem justo, cheio de fé e de gratidão por tudo, mesmo quando a vida era demasiada dura para ele.
No sábado pela manhã fui ao rio Ouham, para tentar entender se a decisão do Ministério, de suspender todas as atividades de extração de oiro por parte da empresa chinesa, foi respeitada ou não. Quando cheguei à distância de meio quilómetro do rio, já se ouviam os ruídos das máquinas. Passei o rio e caminhei durante mais  de um quilómetro e meio ao lado da obra. É impressionante! Desviaram a água do rio com um canal de quatro metros de largura, e quatro excavadoras estão recolhendo toda o cascalho e areia do fundo, colocando-as em cima de máquinas  para escolher e extrair oiro. Ninguém  controla, nem uma atenção por parte das autoridades. E as obras prolongam-se por um esapço de uns dez quilómetros. Os recursos do País, que poderiam servir para o seu desenvolvimento, estão sendo roubados sem vergonha e deixam cicatrizes profundas, não só no leito do rio.  Pergunto-me (e inelizmente já sei a resposta), se a decisão do Ministério é um  ato sério, ou é simplesmente uma operação de fachada!.
Segunda-feira fui a Bocranga (passando por Bouar). O Bispo pediu-me que vá com ele, na terça-feira, à zona de Koui, onde os rebeldes do movimento 3R se instalaram desde há quatro anos. São terras ricas: aqui se concentram centenas de milhares de vacas e isto ocasiona tensões entre os pastores e os agricultores, mas também entre as diversas etnias.
Nestes anos houve muitos episódios de violência, e com frequência as pessoas tiveram que fugir. Encontramos uma aldeia, Lobaye, na estrada entre Bouar e Bocaranga, onde há umas 500 pessoas que proveem precisamente de Koui.
Terça-feira pela manhã fomos a Boyay Wantonou, uma aldeia a dez quilómetros de Koui, para um momento de encontro, de Oração e de reconciliação. Estavam presentes, além do Bispo, o Imã, e os Pastores Protestantes (e não faltou o Presidente da Câmara, nem o Sidiki, o líder dos rebeldes). É um momento de Oração intensa e intercâmbio, que se transforma pouco a pouco numa alegre festa.
De tarde vivemos um momento semelhante em Koui: uma aldeia onde se misturam construções típicas, com outras mais próprias do Chad ou do Sudão, e também uma bonita Mesquita. Enquanto estávamos rezando chegou a chuva, como se fosse uma bênção.
Encontro-me aqui como representante da Cáritas para tentar conhecer as necessiadades, e ver o que se poderá fazer. As necessidades são tantas, numa parte do País quase abandonada (só há um Professor estatal para vinte escolas. Os outros 42 Professores são todos “maîtres-parents”: jovens e adultos que se comprometeram em ensinar algo às crianças). --




Rifugiati nel villaggio di Lobaye
Déplacés dans le village de Lobaye
 







P.Robert, ecc
P.Robert, etc


Preghiera per la pace
Prière pour la piax
Prayer for peace




Yves Woko

6 aprile 2019: un cantiere per l'oro
6 avril 2019: un des chaniters pour l'extraction de l'or

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