Às vezes, algumas coisas se conseguem.
No fim da semana passada, depois de ir a
Bouar, fui para o Norte, a Bocaranga. Ao longo da viagem parei em Bohong, onde
a Comunidade local está construindo a escola média: fabricaram os tijolos e com
algumas pequenas ajudas a construção continua em frente.
Sexta-feira estive em Koui, na zona dos
rebeldes, para ajudar os professores da escola elementar. De uns sessenta
professores, só um está formado, enquanto que os outros são todos voluntários.
A ajuda consiste em uma pequena contribuição
mensal de 22 euros: é uma ajuda, mas é muito importante para animar a quem
raramente recebe um salário. Precisamente nesta semana estamos encerrando um
projeto similar, sustentado pela Cáritas alemã, na zona de Ngaoundaye. Os
resultados são muito bons: no princípio do ano escolar os alunos eram 13. 345 e
no fim do ano eram 16.745 (mais 25%).
Esta manhã, indo a controlar a obra da construção
da sede da Rádio de Bozoum cruzei-me com duas máquinas e dois camiões, da
empresa chinesa que está a sair de Bozoum. Nestas semanas o problema dos
desastres ecológicos e económicos causados pelas empresas chinesas, que extraem
o ouro, graças às denúncias deram a volta ao mundo, e a pressão do Parlamento e
dos Médias praticamente obrigaram o Governo a fazer qualquer coisa.
Ainda não é uma vitória definitiva, mas é
um pequeno passo. Agora trata-se de ver se o perigo foi evitado, ou se
aproveita as chuvas para passar umas férias, e recomeçar as obras dentro de
alguns meses. Mas, graças sobretudo às pessoas de Bozoum, controlaremos e
tentaremos continuar denunciando estes crimes.
Hoje pela tarde fui Kounde, a 34 quilómetros
na estrada para Bouar, para ver a ponte danificada já há dez dias. Infelizmente
o prejuízo é muito grande, e serviremo-nos das máquinas para substituir a vigas
e reparar a ponte. Veremos!
Bohong |
Koui |
Nathalie e Sr Annita. Nathalie et st Annita |
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