Quem se vai, e quem fica
Esta manhã um Confrade
meu, o Pe. Norberto, saiu para Bozoum para voltar para a Itália, porque desde
há quatro meses que está sofrendo crises de malária contínuas.
África também é isto. Entre o clima, os
mosquitos e o trabalho, às vezes sucede que há que prestar atenção aos limites
do próprio físico, e parar um pouco.
O Pe. Norberto, de Lecco, é um grande
trabalhador, e leva de passeio uma das mais longas barbas da África Central.
Chegou em 1980 a Bozoum, como voluntário, e depois fez-se Carmelita, e agora
está aqui. É ele quem se dedica a uma boa parte das aldeias nos arredores de
Bozoum (arredores, aliás é um termo um pouco relativo: as aldeias mais
distantes estão a 80/90 quilómetros…). É também ele quem acompanha o andamento
das vinte escolas das aldeias, permitindo a mais de 3.000 crianças frequentar a
escola.
E enquanto ele se ausenta…. ficam os chineses!
Parecia que se iam, na semana passada, mas voltaram, e todas as manhãs, às
5,00 horas, quando eu me levanto, oiço as suas máquinas trabalhando, lá em
baixo no rio (a quatro quilómetros de distância).
O relatório de investigação da Comissão
Parlamentar denunciou claramente a destruição do meio ambiente, a contaminação
da água, por espaço de centenas de quilómetros, e recomendou a suspensão dos
trabalhos. Nestes dias surgiu também o facto de que os lugares, onde as
companhias chinesas extraem o ouro, não estão nas zonas para as quais obtiveram
a permissão: dos 19 locais, só dois estariam dentro dos limites autorizados.
O problema tornou-se em "Bozoum-gate",
e existem acusações de corrupção a níveis muito altos. Infelizmente, Bozoum não
é o único lugar em que as empresas estrangeiras (Chineses e Russas em primeiro lugar)
extraem ouro e diamantes, empobrecendo o País (e enriquecendo apenas alguns).
Veremos.
Quem se vai, e quem fica.
Radio "La voix de Koyale" di Bozoum: il nuovo direttivo Radio "La voix de Koyale" de Bozoum: les nouveaux responsables |
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