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sábado, 27 de julho de 2019

Quem se vai, e quem fica






Quem se vai, e quem fica
Esta manhã um Confrade meu, o Pe. Norberto, saiu para Bozoum para voltar para a Itália, porque desde há quatro meses que está sofrendo crises de malária contínuas.
África também é isto. Entre o clima, os mosquitos e o trabalho, às vezes sucede que há que prestar atenção aos limites do próprio físico, e parar um pouco.
O Pe. Norberto, de Lecco, é um grande trabalhador, e leva de passeio uma das mais longas barbas da África Central. Chegou em 1980 a Bozoum, como voluntário, e depois fez-se Carmelita, e agora está aqui. É ele quem se dedica a uma boa parte das aldeias nos arredores de Bozoum (arredores, aliás é um termo um pouco relativo: as aldeias mais distantes estão a 80/90 quilómetros…). É também ele quem acompanha o andamento das vinte escolas das aldeias, permitindo a mais de 3.000 crianças frequentar a escola.
E enquanto ele se ausenta…. ficam os chineses!
Parecia que se iam, na semana passada, mas voltaram, e todas as manhãs, às 5,00 horas, quando eu me levanto, oiço as suas máquinas trabalhando, lá em baixo no rio (a quatro quilómetros de distância).
O relatório de investigação da Comissão Parlamentar denunciou claramente a destruição do meio ambiente, a contaminação da água, por espaço de centenas de quilómetros, e recomendou a suspensão dos trabalhos. Nestes dias surgiu também o facto de que os lugares, onde as companhias chinesas extraem o ouro, não estão nas zonas para as quais obtiveram a permissão: dos 19 locais, só dois estariam dentro dos limites autorizados.
O problema tornou-se em "Bozoum-gate", e existem acusações de corrupção a níveis muito altos. Infelizmente, Bozoum não é o único lugar em que as empresas estrangeiras (Chineses e Russas em primeiro lugar) extraem ouro e diamantes, empobrecendo o País (e enriquecendo apenas alguns).
Veremos.
Quem se vai, e quem fica.



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