depois de Bozoum, ao vivo desde Bangassou: Preparados, e prontos, para a marcha.

domingo, 22 de novembro de 2020

Preparados, e prontos, para a marcha.

Preparados, e prontos, para a marcha.

É estranho como o tempo é elástico: dias que passam como segundos, e segundos que duram horas.

No fim da semana passada, os dias até segunda-feira, foram muito intensos. Para mim e para toda a Comunidade de Bozoum.

Sexta-feira de tarde os rapazes do Centro de Órfãos "Arc em Ciel" expressaram a sua alegria e o seu agradecimento com cânticos, danças, desenhos, poesias. Inclusivamente houve uma cabra, como presente.

Também na sexta-feira chegou o P. Marcos Poggi, que me substituirá como pároco em Bozoum, a partir do dia 6 de dezembro.

O Domingo foi o grande dia de saudar a paróquia. Celebrei a Missa às 8'30, e estava muita gente. E muita emoção. Foi para mim o momento de agradecer a Deus pelo dom destes 17 anos em Bozoum. Pelo que fizemos juntamente com os cristãos, e toda a gente de Bozoum. Pelo acolhimento e a bondade de muitas pessoas, que veio com simplicidade agradecer, e muitos com lágrimas nos olhos. Não é importante o momento para o Pe. Aurélio, mas sobretudo para a Comunidade e, em primeiro lugar para Deus. Que confiou em mim, e em todos nós. O Evangelho apresenta a parábola dos talentos: cada um recebe, segundo a sua capacidade. E é bom saber que Deus está contente quando trabalhamos juntos, sem andar a esconder os talentos, mas fazendo-os frutificar.

De tarde dei a última volta a Bozoum. Entrei em casa de Thierry Kanghal, colaborador da Cáritas desde há muitos anos. Em sua casa reúne-se a “ São Vicente”, e hoje que é o dia mundial dos pobres, gosto de saudar a Bozoum começando por eles.

Passei depois pelo hospital a visitar um doente, e encontrei o doutor, com quem temos colaborado desde há muitos anos.

Segunda-feira pela manhã é o último hastear da bandeira no nosso Liceu Santo Agostinho. E imediatamente depois fui saudar aos alunos da nossa escola básica "Isidoro Bakanjia": o pátio está repleto de mais de mil crianças.

Por fim, saí pelas 13,30h. de Bozoum. A viagem para Baoro é longa, muito longa (ainda que sejam somente 180 quilómetros): os quilómetros convertem-se em uma tela, em que passam muitos momentos, bons e difíceis, destes 17 anos. E passam, sobretudo, muitas caras e muitas pessoas.

Chego a Baoro à noite, e aqui encontro uma outra paróquia e uma outra Comunidade (somos 3 Padres) e novas atividades. E enquanto preparo a reabertura da Escola Mecânica, o trabalho nas aldeias e nas escolas, viro uma página (da vida…) e começo outro capítulo.

Obrigado!

Coragem!