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sexta-feira, 8 de março de 2019

cinzas e Cinzas

 




cinzas e Cinzas
Entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2019 os movimentos rebeldes (14), o governo da África-Central e a comunidade internacional reuniram-se em Cartum, no Sudão, para se encontrar (o enésimo) acordo. Nestes últimos cinco anos os Acordos (assinados solenemente e solenemente rejeitados) foram pelo menos oito, e este último corre o perigo de ter o mesmo fim.
Os Acordos de Cartum apresentam uma boa análise da situação e dos problemas que levaram a África-Central ao caos: corrupção, centralização, má gestão e má distribuição do poder… Mas a aplicação deste, e muitos outros pontos (bastante confusos), constituíram rapidamente um problema. Os Acordos prevêem um governo que inclui ao mesmo tempo representantes dos grupos armados (Porquê?), e no Domingo anunciou-se o novo governo. Vinte e um dos trinta e seis ministros foram confirmados (em face da notícia) e os movimentos rebeldes estão representados, mas não o suficiente (segundo estes últimos).
Já no Domingo alguns grupos se tinha desvinculado, e outros os seguiram depois, exigindo do governo mais postos, e uma nova lista de ministros. Alguns grupos aproveitaram para recuperar terreno (como ao norte, em Bocaranga, Ndim, Koui e Ngaundaye, onde houve dois mortos, e o bloqueio de acesso aos organismos humanitários). Noutra parte, em Baboua, na direção da fronteira com os Camarões, o grupo rebelde FDPC (Frente Democrática do Povo Centro-Africano), bloquearam a estrada, e sequestraram alguns viajantes (entre eles Fabricio, aluno do nosso Liceu Santo Agostinho, que frequenta a Universidade em Bertoua, nos Camarões). Foram levados para a sabana, roubados e só três dias depois, e graças à intervenção dos Capacetes Azuis da Minusca, foram postos em liberdade… Este é o relato:
Para ganhar um pouco de tempo, saímos de Bouar no Domingo depois de almoçar, a fim de chegar à fronteira à tarde. Lástima que, uma vez chegados à aldeia de Zoukoumbom, o nosso autocarro foi mandado parar por homens armados da FDPC, que se manifestam contra o governo recém-formado. Depois de nos ter ameaçado, os rebeldes despojaram-nos de tudo o que tinha valor, e do dinheiro (uns 15.000 euros).Nós eramos 25, e estivemos como prisioneiros seus, dois dias e duas noites, em condições muito más.
Não foram muito brutais (à parte de um comerciante que se lamentava do dinheiro que lhe  roubaram, e que foi posto de lado e nunca mais o vimos).
Finalmente fomos libertados na manhã de terça-feira, com a mediação feita pela MINUSCA e pelas
Autoridades.”

Veremos nos próximos dias o que acontecerá.
Aqui, como em todo o mundo católico, na quarta-feira começamos o tempo da Quaresma, um  período de quarenta dias de preparação para a Páscoa. Um tempo para a preparação dos candidatos ao Batismo (os Catecúmenos), que na Páscoa receberão o Sacramento. Aqui somos abençoados e sortudos, porque todos os anos, na Páscoa, temos a graça de celebrar Batismos de crianças, jovens e adultos.
Um tempo de compromisso, nascido da certeza e alegria de nos sabermos amados de Deus de um modo único e infinito.
Quarta-feira subimos a uma colina (chamada por alguns, com um pouco de arrogância, “Mointe Binon”) onde celebrámos a Eucaristia, impusemos as Cinzas (sinal e símbolo da conversão). Muitos ficaram no Monte durante todo o dia, rezando e meditando.
E hoje, quinta-feira, recomeçamos a escola com a “Semana cultural”: dois dias de manifestações culturais para os nossos alunos do Liceu Santo Agostinho, com competições, sketch, canções e danças.
E saudações para todas as mulheres.



Lavori sul tetto della Chiesa di Bozoum
POse des toles sur l'église de Bozoum

La vecchia scuola di Dayanga
la vieille école de Dayanga


Cappella e nuova scuola (in costruzione) a Dayanga
La chapelle et la nouvelle école (en construction) à Dayanga



Salita al Monte Binon
Montée au Mont Binon

 


Attività culturali al St Augustin
Journées culturelles à St Augustin

















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