Tráfego confuso

 

 

Tráfego    confuso

Algumas vezes espero não aborrecer por não ter nada que contar, no entanto não é assim, cada semana, há algo de novo, original., com frequência, novo, interessante e original.

Em estes dias estamos preparando as Confirmações. O senhor Bispo de Bouar, Mons. Mirek Gucwa, virá no fim- de- semana justamente para administrar o Crisma.

Mas para preparar tudo, há muito trabalho. Pela sua parte, os catequistas têm feito o possível para formar as crianças, jovens e adultos, e antes da celebração é necessário comprovar o que realmente prepararam.

Assim, nestas semanas, tenho ido de aldeia em aldeia para me reunir com todos os que vão receber a confirmação para os ajudar a preparar-se e, ao mesmo tempo, faço  "os exames" de catecismo: sábado de tarde, fui às aldeias que ficam mais perto, na estrada de Bangui, no domingo estive em Samba Bougoulou, terça e quarta-feira estive nas aldeias mais distantes (Yoro, Bayanga Didi y Sinaforo).

Terça-feira de manhã antes das 6h, parti para Bayanga Didi cheguei 8,30h. Levei comigo um catequista, e três pedreiros para arranjar o pavimento da igreijinha mais próxima, muito deteriorado pelo tempo (e pelas cabras). Ainda consegui, arranjar tempo para dar uma volta pela aldeia entre as obras e os exames, e pela tarde chegamos a um bom ponto. Há um pequeno ambulatório, e uma sala de maternidade. E a escola estatal, na qual a última aula foi dada a 20 de abril. Há, pois, que fazer alguma coisa pelas escolas nesta parte do país.

Quarta- feira, depois de ter celebrado a Missa às 6h da manhã, fui a Yoro, a cinco quilómetros. Nesta aldeia fiz os exames e a preparação dos candidatos. Precisamente, enquanto estava a confessar, informaram-me que em Bayanga Didi tinham visto os rebeldes do grupo 3R (que, alguns dias antes, tinham roubado algumas motos e atacado alguns comerciantes). Terminadas as confissões, esperámos um pouco e, vendo que não havia movimentos estranhos, nem disparos, saímos para Bayanga Didi, onde encontramos uma certa tranquilidade. Graças a Deus que era um falso alarma.

Terminado o trabalho os pedreiros, puderam voltar às 15'30h.

Viajamos debaixo de chuva, no meio da savana e de árvores. A estrada continua péssima, não melhorou nada nestes dias: demoramos quase três horas para fazer 74 quilómetros. Não foi por culpa do tráfego: pois durante o trajeto encontrámos somente uma moto e um carro.

Cheguei a Baoro ao anoitecer, apesar de tudo.

E, apesar de tudo, tudo foi bom.

Bayanga Didi: prima
Bayanga Didi: avant

Bayanga Didi: dopo
Bayanga Didi: après