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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Árvores que caem, e rebeldes que se levantam

 

 

 

 

Árvores que caem, e rebeldes que se levantam

Nestes últimos dias voltei às povoações mais distantes.

Terça-feira de tarde fui para Bayanga Didi. Tinham-me dito que havia árvores caídas na estrada, por isso não estava seguro de lá poder chegar. Mas consegui passar, e em menos de três horas, tínhamos percorrido os 72 quilómetros de caminho desde Igwe.

Depois de uma noite de descanso (amenizada por uma doninha que dava voltas pela casa), no sábado de manhã  parti para Sinaforo. Tinha planeado fazer a pé os sete quilómetros entre Yoro e Sinaforo. Mas se nos juntassem a nós pelo menos mais dois, porque realmente, havia uma grande árvore caída na estrada.

Emtretanto partimos a pé, chegou um rapaz numa mota, e informou-nos que em Yoro (a 2 quilómetros) havia rebeldes. Decidi continuar, alguns minutos depois chegou outra mota que nos disse que os rebeldes se tinham ido embora. Continuamos, esperando (e pedindo) para não os encontrar na estrada. Atravessamos Yoro, onde as pessoas, muito assustadas, estavam lentamente voltando às suas próprias casas, e nós continuamos até Sinaforo, onde chegamos depois de hora e meia de caminho.

Aqui o povo estava á nossa espera, mas temiam que não chegasse-mos por causa dos rebeldes. Hoje, durante a missa, foi batizado um menino, Gastón. A missa foi muito animada e participada.

Logo fomos até ao carro, debaixo de um sol fortíssimo (eram 13'00 horas). e os últimos quilómetros pareciam muito mais longos.

Em Bayanga Didi, depois de um momento de descanso, encontrei-me com os professores da escola que reabrimos este ano. Na escola  elemental há mais de 120 crianças, isto é uma boa notícia. Depois arranjei o projector de vídeos, e passei um filme bíblico sobre José

Domingo pela manhã, depois de ter confessado, durante quase duas horas, celebrei a missa. O evangelho de hoje fala de Jesus, diz-nos que o Reino de Deus está perto. E eu de modo espontâneo fiz uma comparação entre o governo do país, que se limita a fazer pouco mais do que na capital, e não faz quase nada pelo povo como Bayanga Didi, e o Reino de Deus: que conhece a cada um pelo seu nome, e que visita esta pequena aldeia.

Voltei pela tarde para Baoro. Nada mais, ao chegar tive conhecimento de uma triste notícia, um tremendo ataque em Beloko, precisamente na fronteira a 200 quilómetros de Baoro. Aqui os rebeldes tinham atacado o comboio, a base dos mercenários russos e dos militares, tinham assassinado quatro ou cinco pessoas e destruido as oficinas da alfândega e alguns camiões...

É um momento de muita e alta tensão. porque, dentro de poucos dias, de 27 a 29 de janeiro sexta-feira (, sábado e domingo) será a Feira Agrícola de Bozoum. Esperamos que corra tudo bem.

 

 

In strada
en route


Bayanga Didi



Sinaforo

Animaletti da compagnia...

Film a Bayanga Didi
La projection du film à Bayanga Didi

 

 


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